Um grupo de investigadores britânicos e australianos
publicaram os resultados de seus estudos mais recentes na revista 'Quaternary
Science Reviews', sobre uma inundação global, resultante do colapso do imenso
gelo de Laurentide, na América do Norte, que foi o maior aumento de água doce
no planeta dos últimos 100.000 anos e que ocorreu entre 8.740 e 8.160.
De
acordo com este estudo, o evento, também explicaria teorias sobre a expansão da
agricultura na Europa no Neolítico.
Mas, usar a ciência para tentar explicar, histórias bíblicas
como o dilúvio, a passagem de Moisés pelo Mar Vermelho ou os milagres de Jesus
Cristo, é extramente difícil, pois existem inúmeras histórias baseadas no tradição
oral, muito distante do contexto real, (difícil de comprovar com as evidências
que nos chegaram sobre sua verdadeira existência). E, na maioria dos casos, são
simplesmente questões de fé associadas a grandes doses de mitologia ou lenda.
Factos incríveis e misteriosos do planeta Terra
A história do dilúvio de Noé e da Arca não se limita apenas
à génese bíblica. Copiado de fontes antigas da Babilónia, por volta de 2.000
aC, há um conjunto de doze tábuas de argila que contêm outra narração do
dilúvio universal, o conhecido poema de Gilgamésh, senhor de um dos estados da
cidade, Uruk. A história é uma mistura de poesia oriental, rica em imagens que
descrevem um evento real, surpreendente por suas dimensões, mas referindo-se a
certas regiões geográficas expostas a grandes inundações às quais foram
acrescentados elementos fantásticos.
Muitos autores concordam que a versão do dilúvio existente
no livro do Génesis (Antigo Testamento) seria baseada diretamente nos textos da
literatura mesopotâmica, conhecida como a história de Uta-na-pistim (dentro do
poema de Gilgamesh) . Como se observa uma relação óbvia ao comparar as
passagens do mito de Uta-na-pistim com as do dilúvio judaico-cristão, às vezes
até textuais, considerando que o povo judeu teve principalmente contato com a
Mesopotâmia e sua cultura.
O mesmo pode ser visto numa história de origem acadiana,
intitulada Atrahasis, um poema épico que conta desde a criação até o dilúvio,
numa perspetiva religiosa babilónica, com muitos detalhes semelhantes aos
relatos bíblicos da criação e do dilúvio.
Nessa história babilónica, os homens multiplicaram-se na
terra e tornaram-se promíscuos, e por isso, Deus fez um dilúvio para destruir a
humanidade. Um homem chamado “Atrahasis” é avisado e recebe ordens de Deus para
construir um barco. Assim o faz e o enche de alimentos, e um casal de todos os
animais da Terra. Assim, ele e sua família escapam ao diluvio. No final da
história, Atrahasis oferece um sacrifício aos deuses, e o Deus principal aceita
que o homem continue a viver na terra.
Muitos tentaram explicar todas essas histórias das mais
diversas formas.
Alguns disseram que o
Dilúvio é uma lenda universal que aponta para o “inconsciente coletivo” do ser
humano, numa leitura psicanalítica do tema. Outros afirmaram que os relatos apenas
simbolizam o renascimento da vida depois da chuva. Houve também quem sugerisse
que as lendas sobre um dilúvio são recordações derivadas do degelo da grande
era glacial, ocorrida há vários milénios.
Todavia, os relatos são todos muito
idênticos. Por isso, faz todo sentido perceber se houve mesmo um dilúvio, ou
uma grande inundação.
Não é possível que haja tantas histórias sem que nada tenha
acontecido!
Diante desse cenário, surge a questão da origem da história.
Muitos sugerem que os hebreus teriam copiado o dilúvio dos babilónios, visto os
relatos da Babilónia serem mais antigos. Muitos, porém, desconsideram a relação
entre as culturas semíticas ocidentais antigas e o fato de que os primeiros
hebreus vieram da Babilónia (Abraão) e conheciam a história do Dilúvio. A
diferença está na interpretação teológica do dilúvio. Os babilónios o relatam a
partir das crenças nos seus deuses, e os hebreus a partir da fé no Deus de
Israel.
Estudos arqueológicos já comprovaram que, há cerca de 6 mil
anos, a Mesopotâmia foi atingida por uma gigantesca inundação. Alguns sítios
arqueológicos da antiga Suméria têm uma camada muito espessa de argila de
aluvião, semelhante à que é depositada por grandes inundações. No fim das
contas, o Dilúvio é um dos fatos mais bem confirmados da Bíblia.
A grande dúvida que existe entre os estudiosos das
Escrituras é qual a extensão do Dilúvio?
Será que atingiu toda a Terra, ou foi apenas uma grande
inundação regional?
Mas existem muitas outras dúvidas que carecem de explicação
para se confirmar a existência de um Diluvio.
De onde veio e para onde foi tanta água?
O volume de água para uma inundação mundial com quase nove
quilómetros de altura seria oito vezes superior ao que temos no planeta. Isso
destruiria todos os vegetais da terra. Além disso, de onde veio e para onde foi
essa água? Poderiam os animais de todos os continentes caber na arca?
A arca tinha 135 metros de comprimento por 22,5 de largura e
13,5 de altura, com três andares. Como tal teria sido impossível acomodar um
casal de todos animais do mundo, e como os animais que vivem noutros
continentes deslocaram-se até lá?
A mistura de água doce com salgada não mataria os peixes?
Sabemos que peixe de água doce não vive em água salgada. Se
as águas do planeta se misturaram, os peixes dos rios teriam sido extintos.
Photo//Fatosdesconhecidos |
O exemplo mais antigo de notícias falsas está relacionado com o Diluvio
Como armazenar alimento para tantos animais?
Se já teria sido impossível acomodar um casal de todos os
animais, como seria alimentar tantos animais durante mais de um ano.
Porque Noé não foi anunciar a todos os povos o castigo de
Deus? Se o Dilúvio atingiu todo o planeta, não seria correto que Noé tivesse
viajado para avisar a todos os povos?
Em função dessas dúvidas, muitos estudiosos acreditam que o
Dilúvio foi um evento regional, ainda que com significado universal. Mas ainda
subsistem umas questões.
Por que seria necessário construir uma arca, se os animais
poderiam ter fugido para um outro lugar? Se a inundação atingiu somente uma
região, porquê construir uma arca enorme para salvar os animais? Não seria mais
simples fazê-los partir para outros sítios? O que dizer das aves migratórias?
Elas entraram na arca?
A própria Bíblia não afirma que o Dilúvio cobriu toda a
terra?
Ainda que se argumente que “debaixo do céu” refere-se apenas
a uma região, o texto de Génesis 7.19-23 parece dar uma ideia de inundação
global e não regional.
Como acreditar que o Dilúvio foi parcial, se as águas
cobriram os montes de Ararate? Seria possível que uma inundação cobrisse os
altos montes do Ararate sem que a Europa e África fossem inundadas?
Se Deus afirmou que o Dilúvio não se repetiria, como pode
ter sido parcial? Parece não fazer sentido crer que uma inundação parcial não
se repetiria. Através dos anos, centenas de inundações têm assolado o planeta.
Como a promessa de Deus pode ser cumprida, se o Dilúvio foi apenas uma
inundação local?
Como toda a humanidade pode ser descendente de Noé? Na
Bíblia (Génesis 10.32) diz que a Terra foi povoada a partir dos filhos de Noé.
Se o Dilúvio foi apenas regional, como isso é possível?
Assim, a explicação do dilúvio universal aparece em
diferentes culturas e em tempos relativamente próximos ao longo do tempo.
Photo//Fatosdesconhecidos |
Descobertas estruturas na Polónia com 7.000 anos
Pode ser considerado como um dos eventos antigos comuns a
diferentes civilizações do planeta. Mas, com ou sem prova de sua veracidade,
sabemos que essas civilizações antigas preservaram a história de um grande
dilúvio que aniquilou os seus ancestrais, desde que algumas dessas civilizações
não tivessem contato com outras, por exemplo, culturas pré-hispânicas com civilizações
do Oriente Próximo e da Índia.
Uma tradição oral que teria passado de pais para filhos ao
longo de milhares de anos na forma de uma lenda até que as civilizações mais
modernas a escrevessem em livros como a Bíblia, Popol Vuh, escritos babilónicos,
egípcios etc.
Conforme a publicação, o diluvio causou a migração de
populações para o oeste, no total cerca de 150.000 pessoas.
Uma explicação mais recente relata que um imenso pedaço de
gelo, separou-se no Atlântico Norte, e causou um aumento do nível do mar de 1,4
metros no Mediterrâneo. Como resultado, o Mar Negro teria sido inundado com
água salgada, forçando as comunidades agrícolas neolíticas a se deslocarem, já
que não podiam mais ter a suas culturas.
Esses eventos poderiam ter sido transmitidos de geração em
geração como a memória de um grande diluvio. Eles devem ter sentido como se o
mundo inteiro estivesse inundado e isso poderia ser a origem da história da
Arca de Noé.
Uma outra explicação para o diluvio é feita por cientistas
da NASA
Uma descoberta feita em maio deste ano já estava tentando
dar uma explicação para o mito do dilúvio. Um grupo de geólogos da NASA, com
base em estudos preliminares, descobriu que há evidências do impacto de um
meteorito na camada de gelo no norte do Canadá.
Nesses estudos, foram encontradas camadas de materiais, que
geralmente constituem meteoritos, em camadas de gelo com aproximadamente 10.000
anos de idade.
Photo// sciam |
Cientistas encontram evidências sobre a extinção dos grandes mamíferos
Segundo esses cientistas, o suposto meteorito teria
explodido no ar, sem atingir o solo.
A grande explosão produzida teria liberado uma quantidade de
energia equivalente a milhares de bombas atómicas. Essa energia teria derretido
grandes camadas de gelo em segundos, provocando enormes tsunamis, que se
propagariam por todo o mundo em poucas horas, causando enormes inundações
repentinas e permanentes nas povoações costeiras e um aumento no nível dos
mares em todo mundo.
Levando em consideração o fato de que, tal como hoje, as
povoações mais importantes estão próximos às costas ou a uma cota pouco acima
do nível do mar, o impacto teria causado um "dilúvio universal", ou
seja, um grande inundação mundial.
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